Bem, na verdade, até agora, as Setas Amarelas só me ajudaram a sair de Lisboa. Saindo da cidade, os que mais me ajudaram a encontrar os caminhos foram os Portugueses e as placas de transito.
Logo na saída, cometi um erro tosco, esqueci de me abastecer de água, e foram 15 km de deserto, mato, lama endurecida e cidades 'fantasmas', ninguém na rua. Aprendi a lição, {Acho}.
Só em Lisboa nos dois dias anteriores - 33 km de pedal
Lisboa - Azambuja - 68 km
Em Azambuja dormi no Corpo de Bombeiros (Bombeiros Voluntários), uma experiência interessante, lembrei da época do buraco, que agente tinha que dormir nas escolas. rss
Sai de Azambuja com destino incerto... Tentaria Tomar direto (seria loucura fazer mais de 90 km)e no outro dia Fátima?
Bem, se eu fizesse isso, perderia a cegada do Papa, que estava previsto para as 18 horas desse dia, não do outro dia.
Tendo esse problema a resolver, sobre influência de minha amiga Juliane Pandolfo, a JU, decidi que faria o pedal daquele dia ate Santarém. Sabia decisão, o banco duro da bike estava me matando (vocês entendem do que estou falando ne?).
Azambuja - Santarém - 31 km
Bem, porque eu parei em Santarém? Já explico: la procurei um lugar para dormir e um espanhol chamado Mário me indicou uma pensão (D.Almira). Na pensão, tomei um bom banho, guardei a bike e a parte pesada das bagagens, peguei os aparelhos eletrônicos, o saco de dormir e a barraca (que esperava não precisar usar), coloquei no Top Bag (que vira mochila) e procurei a Rodoviária.
- Uma passagem para Fátima, por favor.
- Ida e volta?
- Só ida.
- Oito Euros e quarenta.
(Ual, que caro por 60 km) - pensei.
Bem, a experiência do Santuário eu conto depois, é um capitulo a parte. Será que eu consegui ver o tal de Benedictus XVI?
Santuário de Fátima
Ónibus de volta para Santarém depois das 11 da noite, doce ilusão.
Voltar de Fátima de carona, pura ilusão.
Encontrar um quarto em pleno dia 12 de Maio, outra ilusão. (Os dias 12 e 13 de Maio marcam as datas das aparições de Fátima aos três Pastorinhos).
Qualquer uma das ilusões acima, só seria possível com um milagre de Fátima, mas eu esqueci de pedir o milagre, rsss. Mesmo se eu tivesse pedido, o Santuário estava muito cheio para eu ir de joelhos até o altar.
O jeito foi dormir na barraca que meu amigo Anderson me emprestou. Foi o Anderson, inclusive, que revisou minha bike.
A noite na barraca foi de longe a noite mais fria que já passei, um frio de 3 graus e eu contando apenas com a proteção da barraca, que ficou úmida com a minha respiração, de um saco de dormir preparado para 5 graus, uma blusa de flece e uma calca de Tec Tel.
- Que frrrrio!!!
No outro dia, Santarém novamente, queria ir principalmente na Igreja da Graça e lá poder ver o túmulo de Pedro Álvares Cabral, o Pedrão que descobriu o Brasil, ele mesmo.
Antes, fui comprar uma capa de gel para o banco da bike, ai que alívio.
Resumindo Santarém, uma cidade linda e simpática. Mas com o advento do Papa, foi declarado feriado na região, e nos feriados fecham-se tudo, inclusive as centrais de Turismo (Ora, pois); e como o feriado era religioso, todas as igrejas estavam fechadas, hehehe, inclusive a da Graça, aquela do Túmulo do Pedrão. (Oh... raios)
A fachada da fechada Catedral da Sé de Santarém.
Sai da cidade, passei por duas pontes sobre o Tejo, na primeira indo da Margem Norte para a Sul foi tranquila, mas na outra, na volta a Margem Morte (ops, Norte), uma ponte estreita que só passariam dois carros normais com segurança. Mas o que vi e senti, senti mesmo. Senti um frio na espinha e não tinha tempo para prestar atenção nele não, tinha que pedalar o mais rápido possível os 600 metros de ponte, pois vinham carros, auto-carro (ônibus) e caminhões a toda a velocidade pelos dois lados. Confesso: que tive medo.
Em Golegã, a fachada de igreja mais bonita até então, só a fachada. O interior não pude ver, o Papa.
Ah... por falar em Papa, um português, Professor de Historia, que foi no mesmo ônibus que me levou a Fátima, me disse:
- Tu sabes, mas a visita de Bento XVI tem algo relacionado com a crise econômica.
(Raios, o que o Papa entende de economia) - Pensei comigo. rssss.
Finalizando, eu queria chegar em Tomar, mas o vento não queria deixar, numa reta que dava tranquilamente para fazer 25 km/h, fazia 16-18, reclamei. Mas reclamei muito, pedi truco ao Vento... bem e o Vento? O Vento mandou um belo de um:
- SEIS, LADRÃO!!! (Quase me deixou surdo)
Ainda na reta, eu pedalava, forçando o pedal a meros 11, 10 e as vezes 9 km/h. - Afe, cheguei a Tomar, cidade dos Templários.
Santarém - Tomar - 74 km.
T+
Agora olhei o projeto de novo, Fatima tá lá incluída, kkkkk. Então a influência não foi tanto minha, acho que foi da minha mãe, ja que foi dela que tu lembrou lá né? Massss, não querendo ser presunçosa, eu até sou uma 'ótima' influência não? kkkkkk.
ResponderExcluirAs fotos estão lindas...mas falta aquela de 'São Tomé'...
Força Pilgrim e qdo faltar pega um pouco da minha emprestada, lembre disso!
bjs
Boa noite, Cléber Bicigrino! Peregrino da bike!
ResponderExcluirInteressante saber que pedalou 33km em Lisboa, mas, como se esqueceu do cantil de água? Só porque é peregrino da bike quer fazer juz ao nome, passando privações para alcançar a graça! rsrsrs
De Lisboa à Azambuja - 68 km - e a recordação dos dias de dormidas em escolas devido ao "buraco" de Cajamar. Algo que realmente marcou nosso município!
Que privilégio poder conhecer o santuário de Nossa Senhora de Fátima! Mas, talvez, por não ter se arriscado em pedir um "milagre" mesmo sem seguir de joelhos até a igreja, teve que dormir quase que ao relento! Salvo pelo Anderson! Santo Anderson! (rsrsrsrs)
Não sabia que Fátima tinha tido suas aparições em 12 e 13 de maio... (História). Gostei de saber disso!
Embora tenha sido infrutífera sua aparição em Fátima - você fez uma aparição?! - nada foi tão perdido, pois pude ver as fotos das arquiteturas externas das igrejas - belíssimas!
Oras, pois, este povo português é mesmo engraçado... fecham as igrejas em pleno feriado religioso... e depois não querem ser alvos de piada!
Agora, "pense cá comigo!", se me permite interferir em sua colocação no texto: O Pedrão achou o Brasil, mas os índios já estavam lá, portanto, ele não descobriu nada! Ensinavam errado nas escolas, não acha?
E o susto na ponte do Tejo? Já dá uma bela aventura para um livro, não acha?
E os ventos? Muitos, pelo que entendi!
Então, amigo ciclista, desejo-te muitas calmarias daqui para frente!
Ah! E não se esqueça de postar algo sobre a culinária portuguesa... dizem que é muito especial também!
Um abraço,
Eliana.
Ô meu irmão,que ladrão louco é esse que quase te deixou surdo.Já me sinto preocupada com essa aventura tão esperada por vc.Espero que daqui por diante td torne-se mais fácil e menos perigoso...Nós te amamamos muito e estamaos torcendo por vc.DEUS é por ti.Força!Coragem e Fé.Bjs no coração.DORA
ResponderExcluirE aí Cleber, tudo bem,
ResponderExcluirEstou acompanhando sua bikegrinação, legal seus relatos e sua coragem em superar os desafios que vão se apresentando ao longo da jornada.
Estou seguindo através do mapa seus passos (ops... pedaladas rsrsrs) que serão muitas, tenho certeza...
Vá em frente e não se esqueça do grito "vamo lá, vamo lá"...
Oi Cleber,td bem? é a Lú (cunhada), vc. quase matou todo mundo de susto, a Tata não entendeu direito a historia dos 06 ladrão, e achou que vc. tivesse apanhado de seis ladrões e quase ficou surdo, já imaginou a D.Tila, é meu amigo não é mole não.Mas agora que a Ari já esclareceu tudo, está tudo em paz novamente.rsss.
ResponderExcluirBeijão no seu coração estou orgulhosa de você, força e não esquece a agua da proxima vez.
Beijos e o Becão tá mandando um abraço.( não esquece que nós te amamos)
CLEBÃO, DEPOIS O MALUCO É VC QUE ESTA ANDANDO DE BIKE NO OUTRO LADO MUNDO.....
ResponderExcluirSOU EU (LIA) E NÃO O GABRIEL.
VALEU UM ABRAÇO.
ELIAS.
Balada do Louco
ResponderExcluirNey Matogrosso
Composição: Arnaldo Baptista / Rita Lee
Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Eu sou feliz
"Loucura maior é não ser feliz"
Roger e Eliana
E aí Clebão,pedalando muito?...Já te falaram do meu equívoco né...Riu muito tbém né... RSRSRS.Posta mais fotos.bjokas
ResponderExcluirE aí cara,
ResponderExcluirComo vai e aonde está, tudo certo?
Mande notícias Bikegrino
Força e Vamo-lá, Vamo-lá...
Estamos curiosos com o sumiço do Bicigrino...
ResponderExcluirOnde será que está? Quantos quilômetros já rodou? E as novas aventuras?
Tiooo é a Roberta, adorei as fotoos, só vou te da uma dica não posta mais coisas como a sua conversa cm o vento pq a FAMILIA (no caso tia dora) não sabe interpretar seus belos poemas e fica chorando de madrugadaa kkkkkkkkkk' EURIALTO quando soube dessa história do equivoco da tia Dora. Beijoo fica cm DEUS bom passeio.
ResponderExcluirClébão... vc daria pra um bom cronista, viu!!!
ResponderExcluirrsrss
Força no pedal, maninho!!!
E aí irmão...ninguém me dá um desconto heim.Eu nunca joguei truco...Força!!!bjão no coração.
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